Como o próprio nome já induz, o maximalismo é a tendência do quanto mais melhor. Uma nova perspectiva para um mercado que por décadas se baseou em uma perspectiva clean de ambientes claros, arejados e modernistas, como longos espaços vazios.
Mas como vimos na primeira parte deste especial, o maximalismo não deve ser encarado como uma simples consequência de uma suposta saturação do estilo minimalista.
Agora é hora entender a essência da atual onda maximalista e como ela pode ser introduzida na sua decoração. Vamos lá?
Para quem é o maximalismo?
Abigail Ahern, expoente da atual onda do maximalismo na Inglaterra, vê no estilo uma forma de juntar tudo que há de valoroso e significante ao alcance da mão. Há também quem veja no excesso uma forma de expressar sua personalidade.
Até mesmo entre os millenials, público altamente simpático ao estilo de vida minimalista, o maximalismo está presente.
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— Abigail Ahern (@AbigailAhern) May 18, 2018
Decorar um ambiente com o maior número de elementos possíveis te dá a liberdade de criar entre infinitas possibilidades. Se você é adora colecionar objetos e é atraído por ambientes recheado de informação, o maximalismo é a sua tendência.
Sistematicamente caótico
Apesar de ser um estilo caracterizado pela liberdade de ousadia, é importante ter em mente algumas considerações.
Engana-se quem acha que o maximalismo é uma forma de decoração caótica e aleatória, por trás da confusão de cores e informações há sempre uma forma de sistematização, por mais sutil que esta seja.
Não precisa ajudar, é só não atrapalhar
Algumas pessoas decoram seus ambientes de forma funcional e utilitária, já outras não se importam que a decoração seja exclusivamente estética. Mas uma coisa é certa: ela não pode atrapalhar.
Decorações que pioram a qualidade de vida no ambiente, interferindo na organização da sua rotina ou na circulação do espaço, por exemplo, são um erro que deve ser evitado a todo custo.
Esta é a, talvez, a única regra da decoração maximalista, a partir daqui, traremos algumas sugestões com base no que está fazendo sucesso no mundo da decoração, mas você tem a liberdade de criar e recriar à sua maneira.
Por onde começar?
Esta é provavelmente a primeira pergunta que vem a mente da maioria das pessoas que pensam em montar uma nova decoração para um ambiente.
A dica aqui é escolher um móvel de grande porte, que traga bastante informação e tenha um significado especial para você e para a sua família.
Este será o móvel central do ambiente e os outros objetos serão dispostos ao seu entorno, com o devido respiro, para que se respeite o foco ao elemento principal.
Uma ligação com o passado
Muito da essência do maximalismo está na luxuosa mobília imperial clássica. Grandes e ostensivos móveis de madeira maciça, com acabamentos incrivelmente detalhistas são hoje objetos de desejo para quem é adepto à tendência.
Mas a relação do maximalismo com o passado vai além de uma simples curadoria de objetos históricos, ela está presente na ressignificação de elementos antigos em um contexto contemporâneo.
O renomado arquiteto Sig Bergamin se utiliza da memória afetiva dos seus clientes para criar ambientes significativos. Seus projetos valorizam peças que possuam valor emocional, agregando personalidade e significado ao ambiente.
A festa das cores
É aqui que a atual onda do maximalismo mais se destaca. A extravagante combinação de cores e estampas contrastantes têm conquistado o coração de decoradores ao redor do mundo.
Alguns adeptos do maximalismo pregam que não há regra em relação ao uso das cores. Outros, como a já citada Abigail Ahern, acreditam que há um limite de 4 cores dominantes, a partir daí é trabalhar com os tons.
As cores predominantes devem vir de móveis ou elementos chave – um estofado, um tapete ou uma parede, por exemplo – enquanto os pequenos objetos expandem a tonalidade dessas cores.
Outra forma de inovar no maximalismo do seu cômodo é apostar nas paredes geométricas ou que usem mais de duas cores.
Vários espaços em um só
O maximalismo veio para juntar tudo em um só lugar. E isso inclui objetos de outros espaços e até mesmo de ambientes abertos.
Ter inúmeras plantas espalhadas pela casa é uma forma de agregar vida natural à sua decoração. Esse é um dos elementos que mais chama a atenção dos millenials para o maximalismo: a falta de contato com a natureza que a vida contemporânea impõe pode ser amenizado com o cultivo de plantas em casa.
Elementos da decoração industrial, como lâmpadas externas e canos também dão aquela incrementada na sua composição.
Um objeto, inúmeros modelos
Outra característica marcante do maximalismo é o uso de diferentes modelos para um mesmo tipo de objeto.
Outra característica marcante do maximalismo é o uso de diferentes modelos para um mesmo tipo de objeto.
Quer dar um ar maximalista para a sua cozinha? Que tal usar um modelo diferente para cada cadeira da mesa de jantar? Se não quiser investir em um novo móvel, você sempre pode pintar e assim dar uma nova cara para uma peça antiga.
A poltrona não precisa combinar com o sofá, nem o criado mudo com o rack da TV, a proposta aqui é justamente o contrário!
Na dúvida, busque inspiração
Como vimos no decorrer de todo este especial, o maximalismo está em alta. Logo, é muito fácil encontrar modelos e projetos para se inspirar.
Grandes revistas e portais de decoração do Brasil e do mundo também podem ser consultados, já que seus conteúdos estão sempre alinhados com as tendências vigentes.
Para finalizar, uma dica que já demos antes no blog da Jardim: abuse das redes sociais.
Você pode seguir as redes sociais dos influenciadores aqui citados, como a artista britânica Abigail Aharen e o arquiteto brasileiro Sig Bergamin.
Além disso, Instagram e Pinterest são plataformas focadas na inspiração via imagem. Busque por palavras-chave como maximalismo ou decoração maximalista e siga as hashtags que mais lhe interessarem.
Agora é com você! Entre com tudo na tendência do quanto mais melhor. Não esqueça de nos mandar o resultado da sua criação.
Um forte abraço e até o próximo artigo!