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Eco-Design além dos rótulos

Sustentabilidade virou moda, campanhas de marketing e lei de mercado. Com a escassez de recursos naturais, a evolução das legislações ambientais e consumidores cada vez mais atentos, hoje as companhias não podem simplesmente utilizar esse conceito como mera etiqueta. Para conseguirem respeito e credibilidade em mercados mais exigentes, as empresas precisam mostrar que realmente adotam um modelo de produção mais verde e responsável.

Recentemente o Greenpeace publicou um ranking das empresas de tecnologia mais verdes do mundo. O guia levou em conta o uso de compostos tóxicos na fabricação de produtos, a eficiência energética e a preocupação com o descarte correto dos equipamentos. A finlandesa Nokia liderou o ranking por reduzir o uso de substâncias nocivas e de difícil decomposição na natureza, como o PVC. Para ler o artigo na íntegra em inglês clique aqui.

Nessa época de mudanças de valores, cabe ao Eco-Design repensar a utilização dos materiais e redescobrir novas formas de produzir e apresentar produtos. Principalmente em relação aos bens de consumo duráveis e semiduráveis, como eletroeletrônicos e móveis, que utilizam materiais de difícil biodegradação.

No último século, a indústria de mobiliário teve um papel determinante na degradação de florestas nativas. Por limitações legais e econômicas e, mais recentemente, por uma maior conscientização ambiental, a atividade precisou repensar suas práticas, empregando madeiras certificadas de reflorestamento, reutilizando madeiras nobres de demolição e passando a aproveitar materiais antes impensáveis.

O uso de materiais naturais e renováveis foi a proposta adotada pela Estofados Jardim. Na concepção da Coleção Trama foi valorizado o uso de fibras naturais trançadas à mão, como junco, bambu, salix e bananeira. O material reveste sofás, poltronas, chaises e mesas de centro. A fibra de bananeira, por exemplo, é muito resistente e, uma vez descartada, é totalmente biodegradável. O aproveitamento integral da planta agrega valor à produção da fruta e também beneficia um grupo de artesãos da região norte de Santa Catarina, que são capacitados para serem fornecedores da empresa. Já o uso do salix tem grande importância ambiental porque o cultivo da planta retira metais pesados da água e também contribui para o desenvolvimento socioeconômico de pequenos produtores rurais.

Este é o papel do Eco-Design, cujo desafio é alavancar o desenvolvimento sustentável da indústria, aproveitando os recursos naturais com mais eficiência e responsabilidade.